FREGUESIA DE TROPORIZ
INFORMAÇÃO SUMÁRIA
Padroeira: Santa Maria dos Anjos.
Habitantes: 270 habitantes (I.N.E.2011) e 362 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, vinicultura, comércio e pesca fluvial.
Tradições festivas: Senhora do Livramento (8 de Setembro).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial e ponte romana sobre o rio Gadanha, Moinhos, Ponte e foz do Gadanha com o rio Minho.
Gastronomia: Trutas à moda de Troporiz e cabrito assado.
Colectividades: Rancho Folclórico “Os Moleirinhos do Gadanha”.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Com uma área de cerca de 238 ha, Troporiz dista quatro quilómetros da sede do concelho. Confronta com Cortes e o rio Minho, a norte, Mazedo a nascente, Pinheiros a sul, Lara e Lapela, a poente.
São lugares principais: Igreja, Souto, Laje, Rebouça, Alho e Giesteira.
RESENHA HISTÓRICA
O topónimo “Lage” indica a presença nesta freguesia de Megalitismo. Em Troporiz deveriam ter existido as chamadas “mamoas” ou antas que eram construções sepulcrais para inumações colectivas, constituídas por uma câmara formada por grandes esteios e fechada superiormente por uma ou mais lajes horizontais, cobertas por terra ou pedras que a erosão poderá ter removido.
Foi uma das freguesias iniciais da terra medieval da Penha da Rainha e aparece documentada (Santa Maria de Troporiz) desde o século XIII. Foi vigairaria da apresentação do mosteiro de S. Fins, pertença da Companhia de Jesus e, mais tarde, da Universidade de Coimbra.
Por aqui corre, veloz, o Gadanha, marginado por muitas azenhas desfeitas e moinhos abandonados, símbolos de uma tecnologia tradicional que parece ultrapassada, rio este que, ainda em Troporiz, vai desaguar no rio Minho.
No livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” podemos ler na integra:
«Na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III em 1258, Troporiz é citada como sendo uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui, denominando-se então “Tolperiz”, enquadrando-se no arcediagado de Cerveira.
No catalogo das mesmas igrejas, mandado elaborar pelo rei D. Dinis em 1320, Troporiz aparece com 90 libras.
Em 1444, D. João I conseguiu do papa que este território fosse desmembrado do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta, onde se manteve até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.
No registo da avaliação efectuada entre 1514 e 1532, esta igreja da comarca de Valença tinha de rendimento 29 réis e 6 pretos. Em 1546, no registo da avaliação feita no tempo de D. Manuel de Sousa pelo vigário Rui Fagundes, Santa Maria de Troporíz rendia 30 mil réis.
Na copia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, Santa Maria de Troporiz aparece como sendo da apresentação do mosteiro de Sanfins.
Segundo Américo Costa, o direito de apresentação do seu vigário passou para a Companhia de Jesus de Coimbra e depois para a Universidade. A partir de 1759, segundo informa Pinho Leal, a igreja ficou a pertencer à Misericórdia».